Giro d’Italia – Semana 2: Alguém consegue parar Pogacar?

Giro - ST17 Pog

A semana 2 do Giro d’Italia terminou no domingo passado com Tadej Pogacar ainda de rosa. O ciclista de 25 anos dobrou sua vantagem desde o primeiro dia de descanso do Giro. Deixando a corrida fora de alcance dos “rivais” mais próximos a ele na classificação geral.

Aqui está um resumo de como ele fez isso. O que resta ainda para competir e tudo que você precisa saber sobre a terceira semana.

O que aconteceu na semana 2 do Giro d’Italia para Pogacar abrir tanto o gap

A segunda semana do 107º Giro d’Italia começou na terça-feira com a Etapa 10. Uma curta etapa de estrada que terminou com uma subida em um novo trecho. A subida de Categoria 1 para Bocca della Selva. Os principais ciclistas do Giro ficaram satisfeitos em deixar uma fuga de 27 corredores seguir à frente. Eles batalharam entre-si para ver quem teria a vitória da etapa. 

No final, dois franceses provaram ser os mais fortes. Valentin Paret-Peintre (Decathlon) deixando Romain Bardet (DSM) para trás cerca de 3 km antes da meta. Conquistando sua primeira vitória (etapa) de grand tour, pouco mais de um ano após seu irmão, Aurélien. Ele que também estava na fuga e terminou em quinto no dia. Os candidatos ao título cruzaram a linha juntos alguns minutos depois. Nada muito significativo em questão de tempo na classificação geral.

Etapa 11 – Milan domina o sprint novamente no Giro d’Italia

Milan conquistou sua segunda vitória de etapa do Giro em Francavilla al Mare na Etapa 11. O italiano superou ao sprint o belga Tim Merlier da Soudal-Quick Step. Merlier foi posteriormente rebaixado por sprint perigoso.

Mas a maior notícia do dia veio antes da etapa. Foi anunciado que o belga Cian Uijtdebroeks da Visma-, que começou o dia como o Melhor Jovem. Ele não iniciaria a etapa devido a uma doença. A mesma que havia forçado seu companheiro vencedor da Etapa 10, Olav Kooij, a abandonar o Giro.

Uma das etapas mais emocionantes – semana 2 – Giro d’Italia – não foi Pogacar quem brilhou…

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Julian Alaphilippe celebra a vitória

A Etapa 12 foi uma das mais emocionantes da segunda semana. A etapa começou ao longo da costa adriática, mas logo seguiu para o interior. Passando por uma série de subidas curtas e íngremes na região de Marche. Um grande grupo de fuga escapou assim que as subidas começaram. Desse grupo, com cerca de 130 km restantes para a corrida, surgiram. O francês Alaphilippe da Soudal e o italiano Mirco da Team Polti Kometa. Alaphilippe terminou em segundo na Etapa 6, mas uma semana depois, ele não seria negado.

O francês e o italiano trabalharam juntos como perfeitos companheiros de equipe até a íngreme subida final. Cerca de 11 km antes da linha de chegada, momento em que Alaphilippe atacou para vencer. Conquistando a primeira vitória de etapa do Giro de sua carreira. Atrás da fuga, os favoritos da classificação geral pareciam contentes em permanecer juntos até o fim. 

Etapa 13 – Jonathan Milan, monopolizou a Maglia Ciclamino

Giro - ST13 Milan 3x
Jonathan Milan celebra sua terceira vitória no Giro d’Italia

Com apenas 15 metros de ganho de elevação, a Etapa 13 foi a mais plana da corrida. Apesar dos esforços para dividir a corrida em escalões nos ventos cruzados do final da etapa. Pouco se pôde fazer para negar à Lidl-Trek o lançamento de Milan para sua terceira vitória. Praticamente assegurando-lhe sua segunda vitória na competição por pontos do Giro.

O final de semana mais aguardado do Giro, a batalha pela GC revive?

Então veio o fim de semana, com duas etapas que todos esperavam que reacendessem a disputa. A ação começou com a Etapa 14, o segundo contrarrelógio individual do Giro. Uma prova de 31,2km de Castiglione delle Stiviere a Desenzano del Garda. Esperava-se favorecer os especialistas em contrarrelógio. E favoreceu, com o italiano Filippo Ganna da INEOS vingando sua derrota para Pogacar na Etapa 7. Conquistando sua primeira vitória de etapa no Giro desde 2021. Mas Pogacar terminou em segundo, adicionando mais tempo à sua já considerável vantagem. Thomas foi mais rápido que Martínez, o britânico ultrapassou o colombiano e assumiu a segunda posição. Deixando os mesmos três ciclistas no topo da classificação geral para a “etapa rainha” repleta de montanhas. 

A etapa rainha do Giro d’Italia 2024 – uma etapa mágica!

Giro - ST15 POG
Pogacar no final da etapa, que cenário, que corrida meus amigos

E que etapa foi essa, com 222 km, cinco subidas categorizadas e 5.400m de elevação. Para aqueles que estão acompanhando em casa, é cerca da metade do Monte Everest. Se havia alguma dúvida antes do dia sobre quão cedo Pogacar colocaria a corrida para dormir. Essas perguntas foram respondidas no topo da íngreme subida final até a estação de esqui de Mottolino. Ela está há mais de 2.000m acima do nível do mar.

O esloveno venceu a etapa após um ataque na penúltima subida, o Passo di Foscagno de C1. Cerca de 14 km antes da linha de chegada. Ele se afastou facilmente do grupo da classificação geral. Sua vantagem passando rapidamente de segundos para minutos enquanto ele devorava os sobreviventes da fuga.

Ele cruzou a linha de chegada com 29 segundos de vantagem sobre o colombiano Nairo Quintana (Movistar). Vencedor do Giro de 2014. Thomas e Martínez cruzaram a linha juntos, 2 minutos e 50 segundos atrás do esloveno. Mantendo suas posições como melhores ciclistas no Giro deste ano que não se chamam “Tadej Pogacar”.

Como estamos após a etapa 15?

Agora é uma batalha pelo segundo lugar, com Thomas e Martínez liderando atualmente a corrida. Buscando se juntar a Pogacar no pódio final em Roma neste domingo. O australiano Ben O’Connor está em quarto lugar geral. Sem mais contrarrelógios, poderia subir ao pódio com uma forte terceira semana. Espere que essa seja uma das batalhas mais intrigantes da terceira semana e uma corrida na corrida. Podendo durar até a Etapa 20, a última etapa de montanha do Giro.

Preocupações para Pogacar na semana 3 do Giro d’Italia

O esloveno enfrentará uma tarefa tripla na última semana. Primeiro, ele precisa se manter seguro; segundo, ele precisa conservar o máximo de energia possível. Por último o mais difícil, ele precisa equilibrar que é pago para vencer corridas de bicicleta. Pensando que liderar uma grande volta por uma margem tão grande também significa correr diplomaticamente. Isso não será tão divertido de ver quanto uma corrida mais acirrada no topo da classificação geral

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