“Será mais difícil de fazer um ataque solo e ganhar nessa edição Strade Bianche,” disse Alberto Bettiol.
As edições de 2024 da Strade Bianche incluem um circuito extra, montanhoso pelos vinhedos da Toscana. Além de mais setores de gravel, elevando a corrida mais perto do status de Monumento. No entanto, as mudanças podem criar corridas diferentes para homens e mulheres. O que inclina o equilíbrio a favor dos escaladores e reduz as chances dos ciclistas de clássicas.
Favoritos do Strade Bianche
Pogacar da UAE, Pidcock da Ineos, Demi Vollering e Lotte Kopecky (SD Worx-Protime) são indiscutivelmente multi-talentosos. Mas o novo percurso poderia favorecer o vencedor da UAE Tour. Lennert Van Eetvelt da Lotto Dstny e Simon Yates da Jayco-AlUla no lado masculino. Mas provar ser muito difícil para nomes como Matej Mohorič, Julian Alaphilippe e Stefan Küng da Groupama-FDJ.
Um percurso mais difícil deve favorecer Kopecky e a campeã defensora Vollering. Mas poderia inclinar a balança para Shirin van Anrooij corredora da Lidl-Trek e Kasia Niewiadoma da Canyon-SRAM.
Triunfo na Strade Bianche
Quem quiser escalar entre a multidão na Via Santa Caterina. E ainda triunfar na Piazza Del Campo precisará de habilidades. Tanto para a estrada, como para o segmento gravel da Toscana, além da força para escalar.
Comentários de Alberto Bettiol
Alberto Bettiol é natural do campo toscano entre Florença e Siena e fez um reconhecimento especial antecipado. Ele sugeriu que a Strade Bianche masculina, agora com 215km de extensão, está além de suas capacidades. Mas poderia se adequar aos seus companheiros de equipe Richard Carapaz, Neilson Powless ou Ben Healy.
“Fui ver o novo circuito há cerca de um mês. Não há nada que não tenhamos visto antes ou que não vejamos todos os anos. Mas com certeza o circuito extra torna a corrida mais longa e difícil,” disse Bettiol em entrevista.
Outros ciclistas começaram a chegar na Toscana na quarta-feira, incluindo Pidcock. Rapidamente iniciaram vários dias de reconhecimento e treinamento na área. Tudo enquanto a chuva diminuía e começava a secar as estradas de gravel.
O campeão nacional de estrada dos EUA, Quinn Simmons, chegou no início da semana com sua família. A Strade Bianche tem sido um objetivo pessoal para ele. Desde que fez parte da seleção de grandes nomes em 2021. Ele ficou em sétimo lugar em 2022, quando Pogacar atacou sozinho. Ele esperava por um resultado semelhante, apesar do percurso mais difícil.
Comentários de Simmons e Elisa Longo Borghini
“A Strade Bianche é a corrida que mais espero na temporada. Em minhas três experiências anteriores, aprendi sobre o percurso, seus obstáculos. Além de saber como e onde a corrida pode explodir, bem como jogar minhas cartas”, disse Simmons.
“O novo percurso adiciona um elemento desconhecido, mas pode não mudar a história da corrida. Sempre vimos os melhores ciclistas vencendo, independentemente se a corrida tem 180 ou 215 quilômetros. No final, talvez o novo percurso apenas prolongue o espetáculo e nosso sofrimento.”
Elisa Longo Borghini lidera a equipe feminina Lidl-Trek e impressionou com um forte terceiro lugar no Omloop. Atrás somente de Marianne Vos (Visma-Lease a Bike) e Kopecky. Ela venceu a Strade Bianche em 2017, o percurso mais longo e difícil de 137km pode favorecê-la.
“Espero uma corrida mais seletiva do que no passado. Especialmente se o tempo não estiver tão bom,” disse ela.
“O circuito final adiciona uma variável significativa ao percurso, especialmente no final. Não será fácil de ler. Com certeza, será uma corrida super emocionante de acompanhar. Para nós no pelotão, um desafio muito imprevisível de enfrentar.”
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